O São Lucas Hospital Center, localizado em Cascavel, no oeste do Paraná, é a primeira Instituição do estado a oferecer, de forma consolidada e rotineira, o serviço de cirurgia robótica urológica pediátrica. Em parceria com a equipe de cirurgiões da Master Clínica, os primeiros quatro procedimentos: três pieloplastias e uma nefrectomia, foram liderados pelo urologista Dr. Milton Tatsuo Tanaka. “É um avanço impressionante para uma cidade como Cascavel. Em menos de dois anos após a instalação da plataforma robótica Da Vinci, já alcançamos um nível de maturidade capaz de expandir esse recurso para outras especialidades, como é o caso da urologia pediátrica”, diz. “É motivo de orgulho e mostra o quanto podemos transformar a medicina regional com excelência e visão de futuro”, comemora.

O urologista pediátrico, Dr. Alex Sato Tanaka, comenta sobre a evolução global da cirurgia robótica. “Na maioria dos grandes centros, essa tecnologia é usada com foco em pacientes adultos. Somente nos últimos tempos que o Da Vinci passou a ser aplicado também à população pediátrica. Cascavel, agora, está fazendo parte de um grupo seleto de cidades em que as crianças têm à disposição esse tipo de cirurgia minimamente invasiva”.

Dr. Milton Tanaka destaca as diferenças nas operações realizadas em crianças para as que passam os pacientes adultos. “Neste caso, o que realmente muda é a forma como acoplamos os braços do robô. Existem algumas orientações e mudanças apontadas pelo fabricante, que permitem à equipe de cirurgiões utilizar o equipamento com alta resolutividade e bom desempenho”.

O acompanhamento anestesiológico é intensificado. “São cirurgias pouco realizadas no Brasil, inclusive na América Latina. Os cuidados anestesiológicos têm como foco a segurança e a criação das melhores condições de trabalho para o robô e a equipe cirúrgica. No caso de pacientes pediátricos submetidos a procedimentos robóticos, esses cuidados exigem uma aplicação mais detalhada. Isso envolve a parte respiratória, os acessos venosos, o posicionamento adequado da criança para evitar perda de calor, além da reposição hídrica, por exemplo”, detalha o médico anestesiologista, Dr. Fábio Motter.

Pieloplastia 

O urologista Dr. Milton Tanaka explica o procedimento de pieloplastia pelo qual passaram três pacientes. “Essa cirurgia consiste em uma plástica no rim, ou seja, na reconstrução da ligação entre o canal do rim (ureter) e o órgão. Realizamos o ressecamento da parte estreita e refazemos a junção entre o ureter e o rim. O que o robô apresenta de vantagem, neste caso, é que o Da Vinci oferece uma precisão maior, quando comparado ao método convencional, pois a plataforma filtra o tremor, escalona movimentos e entrega uma visão tridimensional do interior da cavidade. É uma inovação dentro da medicina, onde nós vamos ter uma série de vantagens para a criança e para todos os pacientes que estão sendo operados com suporte desta tecnologia”.

Nefrectomia 

Uma criança de cinco anos passou por uma nefrectomia, procedimento que consiste na remoção do rim e do ureter. “Nesse caso, é um paciente que tinha uma obstrução perto da bexiga, todo o rim e o ureter apresentavam dilatação. Essa criança pode ter nascido com função renal nula nesse órgão, o que chamamos de rim excluso. Realizamos a retirada do rim e do ureter e o procedimento foi bem sucedido”, discorre o urologista pediátrico, Dr. Alex Tanaka.

Compromisso com a excelência

Com as primeiras cirurgias robóticas urológicas pediátricas, o São Lucas consolidou-se como referência em inovação médica no Oeste do Paraná. A iniciativa reforça o compromisso da Instituição com a excelência, a humanização e o avanço da medicina de alta complexidade, voltada também ao público infantil.

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